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No final da década de 60, Portugal vinha passando por uma aguda crise econômica. No marco de que o boom do pós guerra começava a encontrar seus limites e com a crise de 73, também começavam nas colônias portuguesas da África uma guerra civil por sua libertação. O país que um dia tinha sido o maior império ultramarino do mundo encontrava-se na situação de país mais atrasado da Europa ocidental. Na busca por manter suas posições imperialistas na África, amplia o gasto militar, que chegou a atingir 45% do total de gastos estatais, agravando a crise econômica. Os jovens de classe média eram obrigados a cumprir 4 anos de serviço militar obrigatório nas colônias. Agravando a situação econômica vinha a situação política. Portugal amargava desde 1926 um odioso regime militar com traços fascistas. Mostra disso já eram as greves que o regime vinha enfrentando. Também não podemos menosprezar os efeitos do movimento mundial contra a guerra do Vietnã, que vinha se desenvolvendo. Vendo a situação agravar dia a dia com a possibilidade de que se desatasse um ascenso de massas que não poderiam controlar, um setor burguês resolve se adiantar para tentar transitar a um regime democrático e negociar a paz com as colônias, tentando ainda mantê-las sob sua órbita (algo que o imperialismo francês já havia feito após os traumas com a guerra da Argélia).

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O levante ocorreu de modo relâmpago. Após a canção de José Afonso entoar no rádio, o MFA ocupou locais estratégicos em todo o país em poucas horas. Ao nascer do dia, uma multidão de aproximadamente 1 milhão de pessoas já cercava emissoras de rádio à espera de notícias. A operação pegou Marcello Caetano totalmente de surpresa. Acuado, ele renunciou ao cargo por telefone e se exilou no Rio de Janeiro, onde viveu até sua morte, em outubro de 1980. Ao saber que os militares pretendiam restabelecer a democracia e pôr fim à guerra colonial, os portugueses começaram a dar cravos aos soldados, que os colocavam na ponta dos seus fuzis -- o que dá nome à revolução. Por ter acontecido sem derramamento de sangue, o levante teve grande adesão popular. O processo passou, no entanto, por momentos de tensão a partir de maio de 1975, no período conhecido como Verão Quente. A efervescência política, protagonizada em grande parte pelos setores de esquerda, levou a direita e a Igreja Católica a temer uma radicalização do processo político iniciado após a revolução.

Nas horas seguintes foi criada a Junta de Salvação Nacional. Toda esta ação foi liderada por um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA), que era composto na sua maior parte por capitães que tinham participado na Guerra Colonial.

46 Anos da Revolução dos Cravos! Viva o 25 de Abril!

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A ideia de organizar o levante partiu dos oficiais Otelo Saraiva de Carvalho e Vasco Lourenço, quando o MFA ainda era um movimento recém criado. A história foi relatada por Lourenço em uma entrevista concedida à Agência Efe. "Quando retornávamos de uma de nossas primeiras reuniões, tivemos um pneu furado e o trocamos. Eram duas da madrugada, mais ou menos, quando disse a Otelo que não íamos solucionar nada com requerimentos e papéis, que devíamos dar um golpe de Estado e convocar eleições. Ele me olhou e disse: 'Mas você também pensa assim? Esse é meu sonho! '", contou. A criação do grupo, curiosamente, foi autorizada oficialmente pelo Estado português. O pretexto para a fundação: "recuperar o prestígio" do Exército. Segundo Lourenço: "Não dissemos abertamente que íamos conspirar contra o governo e dar um golpe de Estado, embora no fundo o propósito era derrubar o fascismo e a ditadura". Além de Lourenço e Otelo, outro militar que teve grande papel na organização da Revolução dos Cravos foi o tenente-coronel Vítor Alves.

revolucao 25 de abril

Cinco filmes para compreender a Revolução dos Cravos - MST

No entanto, a decadência econômica que o país sofreu, em conjunto com o desgaste com a guerra colonial, provocou descontentamento na população e nas forças armadas, o que resultou na aparição de um movimento contra a ditadura. No dia 25 de abril de 1974, explodiu a revolução. A senha para o início do movimento foi dada à meia-noite através de uma emissora de rádio, a senha era uma música proibida pela censura, "Grândula Vila Morena", de Zeca Afonso. Os militares fizeram com que Marcelo Caetano fosse deposto. Ele acabou fugindo para o Brasil. A presidência de Portugal foi assumida pelo general António de Spínola. A população saiu às ruas para comemorar o fim da ditadura de 48 anos, e distribuiu cravos, a flor nacional, aos soldados rebeldes em forma de agradecimento, dando origem ao nome "Revolução dos Cravos". Como resultado, os partidos políticos, inclusive o Comunista, foram legalizados a Pide, polícia política do salazarismo, foi extinta. O novo regime colocou Portugal em agitação revolucionária.

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No entanto, Spínola fracassou em sua tentativa de controlar a força política e militar da esquerda e renunciou em setembro de 1974. O governo passou então a ser dominado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), fortemente influenciado pelo Partido Comunista. Nesse meio tempo, Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné-Bissau obtiveram independência. Em março do ano seguinte, 1975, depois de uma tentativa de golpe fracassada de Spínola, o governo passou a ser dominado pelos generais Costa Gomes, Otelo Saraiva de Carvalho e Vasco Gonçalves. Deu-se início a uma política de estatização de indústrias e bancos, seguida por ocupações de terras. O Partido Socialista, de Mário Soares, venceu as eleições para a Assembleia Constituinte no mês de abril, e em novembro do mesmo ano, o fracasso de uma tentativa de golpe de oficiais de extrema esquerda colocou fim ao período revolucionário. Apesar disso, a Constituição portuguesa de 1976, ainda influenciada pelo MFA, proclama a irreversibilidade das nacionalizações e da reforma agrária.

4 – Deus, Pátria, Autoridade "Não discutimos Deus e a virtude"/ "Não discutimos a Pátria e a sua história"/"Não discutimos a Autoridade e o seu prestígio". A partir do célebre discurso de Salazar feito em 1936 o filme procura, de forma didática, mostrar os alicerces do regime fascista durante os 48 anos da sua existência até o 25 de abril de 1974. O funcionamento da sociedade portuguesa e a sua história desde 1910, a ideologia salazarista, o apoio da Igreja, a repressão e a guerra colonial até à libertação de abril são os temas principais do filme. 5 – Continuar a Viver ou Os Índios da Meia Praia É um documentário português de longa-metragem de António da Cunha Telles. A obra é um misto de filme etnográfico e de cinema militante, prática corrente no cinema português da década de setenta. * Seleção realizada por Tiago Afonso, cineasta português ** Editado por Maria Silva

Thursday, 19 August 2021